Pô, Madonna!?

Esses dias conheci uma banda chamada Goldfrapp. Muito bom som. Mas uma coisa me deixou com a pulga atrás da orelha: já vi isso em algum lugar. E vi mesmo. Em seu último trabalho, a Madonna veio com uma nova roupagem de algo bastante batido: a "Era Disco", os tempos da brilhantina com aquelas mulheres dançando encima de patins e girando em sentido anti-horário em uma pista. Tipo a entrada triunfal do Goldmember no Austin Powers e o Homem do Membro de Ouro. Algo realmente hilário de se ver.

Admiro plenamente essa capacidade que a Madonna tem de se reinventar de tempos em tempos. Quando todo mundo acha que ela (literalmente) já deu o que tinha q dar, lá vem uma nova versão 2.0 de rainha do pop. Isso é inegável. Cantoras como Brithney Spears e Cristina Aguilera não negam tal influência e, até que se prove o contrário, ainda vão ter que, literalmente, rebolar muito pra chegar aos pés dela.

Mas o que é mais hilário é perceber um lado obscuro da sua carreira: seu lado plagiador. Isso ela já vem fazendo há algum tempo. Em 2003 ela foi processada por plágio pelo filho do fotógrafo de moda, falecido em 1991, Guy Bourdin por copiar fotos em cenas do seu clip: "Hollywood". "Usar como inspiração é uma coisa, outra completamente diferente é simplesmente plagiar a alma do trabalho de meu pai", declarou indignado, Samuel Bourdin que exigiu indenização da cantora, da Mtv e do Diretor Jean-Baptiste Mondino pelo transtorno.
Agora em sua nova versão "Disco Anos 2000", a Madona vem com outra "referência marcante". Não sei se é paranóia minha, mas achei a estética extremamente parecida. Aquela idéia de glamour e tudo mais e aquele colan brilhoso rosa. Na foto dá pra perceber isso. Veja aí e tire as suas conclusões.
Ter referências em trabalhos artísticos é muito comum e até aceitável, mas pra chegar ao ponto de plagiar outro artista é preciso que se reveja um dos pontos principais na hora de se montar um trabalho: a criatividade. Usar como referência tudo bem, mas plagiar é sacanagem.