Sétimo Andar(?)
Outro dia, no trabalho, tava conversando com uns colegas sobre as histórias por trás da composição de algumas músicas do Los Hermanos. Até escrevi aqui sobre a música "sétimo andar", que antes de ter esse nome se chamaria "a mãe do mendigo". Mas, alheio a o que ela é de fato, tenho a minha própria interpretação dessa letra.
Sempre achei que essa música era sobre um jovem casal apaixonado que morava em Copacabana. A mulher gostava de sair pra caminhar no calçadão todos os dias e o marido sempre a via chegar da sacada antes dele ir pro trabalho. Mas por alguma intermitência da vida, a mulher sofreu um grande trauma e acabou enlouquecendo, deixando o marido sem outra alternativa que não fosse largar tudo pra cuidar de sua esposa.
Em sua dedicação sem fim, o marido tentou todo tipo de tratamento sem obter sucesso e depois de várias crises que se tornaram cada vez mais frequentes, não tendo outra alternativa, ele começou a apelar para medidas mais drásticas até chegar ao ponto de interná-la em um sanatório. Mas depois de um processo extremamente doloroso pra ambos, ela conseguiu fugir.
Ele, arrependido de tê-la colocado naquele lugar, começou a procurá-la até a exaustão. Mas nunca a encontrou. Sua procura já durava tanto tempo que suas lembranças já eram remotas e, por isso, ele vivia se perguntando se a reconheceria quando a visse de novo e se ela o perdoaria por tê-la colocado no tratamento de choque.
Em vários trechos, essa interpretação parece bastante plausível, mas sempre penso nesse tipo de coisa como o que aconteceu quando um jornal interpretou um trabalho do Machado de Assis. Ele disse secamente: "não quis dizer nada daquilo". Em contrapartida, penso que assim como a beleza está nos olhos de quem vê, a obra é bem como quem a interpreta.
Sempre achei que essa música era sobre um jovem casal apaixonado que morava em Copacabana. A mulher gostava de sair pra caminhar no calçadão todos os dias e o marido sempre a via chegar da sacada antes dele ir pro trabalho. Mas por alguma intermitência da vida, a mulher sofreu um grande trauma e acabou enlouquecendo, deixando o marido sem outra alternativa que não fosse largar tudo pra cuidar de sua esposa.
Em sua dedicação sem fim, o marido tentou todo tipo de tratamento sem obter sucesso e depois de várias crises que se tornaram cada vez mais frequentes, não tendo outra alternativa, ele começou a apelar para medidas mais drásticas até chegar ao ponto de interná-la em um sanatório. Mas depois de um processo extremamente doloroso pra ambos, ela conseguiu fugir.
Ele, arrependido de tê-la colocado naquele lugar, começou a procurá-la até a exaustão. Mas nunca a encontrou. Sua procura já durava tanto tempo que suas lembranças já eram remotas e, por isso, ele vivia se perguntando se a reconheceria quando a visse de novo e se ela o perdoaria por tê-la colocado no tratamento de choque.
Em vários trechos, essa interpretação parece bastante plausível, mas sempre penso nesse tipo de coisa como o que aconteceu quando um jornal interpretou um trabalho do Machado de Assis. Ele disse secamente: "não quis dizer nada daquilo". Em contrapartida, penso que assim como a beleza está nos olhos de quem vê, a obra é bem como quem a interpreta.
Marcadores: cotidiano, divagações, música, vídeos
1 Comments:
Dizem que depois de publicarmos qualquer coisa, aquilo deixa de nos pertencer, e não cabe mais ao seu criador direcionar qualquer interpretação.
A obra cria pernas e asas e segue livre!
Té Pazzarotto
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