segunda-feira, abril 24, 2006

Minha “nada dura” Vida!

Vocês já devem ter percebido que existem pessoas que vieram ao mundo a passeio... Por algum motivo, destino ou força maior. São pessoas que você tem certeza que nunca lavaram sua própria cueca ou calcinha... Ou pior, que nunca conversaram com as pessoas que as lavam!

Ontem, por volta de 11h da noite, encostei no churrasquinho aqui perto da minha casa (o famoso “engasga gato”). Entre um espetinho e outro, surge uma figura, descendo de um BMW branco. Ele devia estar se sentindo Sir Lancelot descendo de seu alazão branco, mas tudo bem...

Tinha ouro espalhado pelo corpo todo e falava como se fosse o dono do local... Sentou e pediu dois espetos. TENS TROCO PRA 50,00? Gritou tão alto, que até os cachorros ali perto sabiam que ele tinha uma nota de 50 reais. Como viu que ninguém dava moral pra ele, resolveu voltar ao carro e, com umas manobras, fez o favor de estragar a noite de todos no local... Agora o BMW estava mirado pra mim... e tocando umas músicas estranhas... Nada contra Funk, mas comer churrasco duro, sem sal e ainda ter que ouvir boladonaa... boladonaaaa... Não dá!

Confesso que me deu vontade de convidá-lo a tomar no cú, mas minha educação de rapaz de periferia falou mais alto... MANDA OUTRO AI MANO... Pedi logo outro churrasco... Na guerra é assim, você não pode demonstrar fraqueza, nem medo! Comia o churrasco e fitava os olhos naquele desgraçado... Era como se eu mastigasse partes do seu corpo de tanto ódio!

Minha alegria se formou, quando o som foi desligado, na verdade interrompido por uma musica trance meio abafada... Quando olhei pra mesa, vi um OVNI que piscava, ofuscava e se tremia todinho... Ahhh, é um celular... Meu Deus dava pra pagar uma parte da divida externa com aquele aparelho! Alô! FALA MERMÃO! TO COMENDO UMA PORCARIA AQUI E JÁ JÁ TO AI...

Aí pegou pesado... Chamar o churrasquinho de “porcaria”? Mesmo sem sal e sem amaciante esse era o salvador da pátria da moçada que voltava pra casa... Com aquela moedinha de 1 real meio encardida... Ou aquele vale-transporte que sobra no final da semana... Olhei para o dono do churrasquinho, ele me olhou... Olhamos pro playboy, ele nos olhou... O clima estava tenso... Ai... Eu paguei a conta e fui embora... Ao som de “SE ELA DANÇA EU DANÇO... SE ELA DANÇA, EU DANÇO...”.

Este texto também foi escrito pelo ilustre colaborador deste blog - o Enzo. Só estou postando porque ele esqueceu a senha de colaborador. O que eu faço com um cara desse!? Da próxima, eu demito ele. =-P

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

que ótimo..eu teria enfiado o espeto do espetinho na barriga do play sem dó nem piedade!um bjo...saudades.

1:10 AM  

Postar um comentário

<< Home