segunda-feira, julho 10, 2006

A tal cabeçada

Ontem, antes do jogo, dei uma lida na coluna do Veríssimo n'O Globo (nem sabia que ele tinha coluna lá...) e li uma parada muito interessante falando sobre a Final da Copa: "é muito chato ver a festa dos outros". É muito chato mesmo.

Assiti só uma parte do jogo e não consegui torcer minimamente por nenhum dos dois times. Só queria ver o Zidane jogando bonito e o Buffon fazendo suas defezas. Teve um pouco dos dois, mas depois daquela cabeçada no peito do Materazzi só conseguia rir compulsivamente sem acreditar em nada daquilo. Acho que foi a cabeçada mais linda que já vi em toda minha vida, sem sombra de dúvida. Já tinha visto outras bem piores no nariz, na boca... mas no meio do peito, nunca tinha visto. Como é que pode!? Foi digna de gênio porque esse cara bem que merecia tomar umas por todo o conjunto de sua "obra" futebolística.

Como não poderia deixar de ser, fiquei de olho em todas as mesas redondas pra descobrir o que, afinal de contas, o defensor italiano teria dito de tão grave pro maestro francês partir direto pra agressão daquele jeito. Ouvi duas versões: a de um jornal italiano que divulgou logo depois do jogo que o Materazzi teria xingado a irmã do Zidane e mandado ele pra bem longe e outra (que está mais pra uma daquelas teorias da conspiração que sempre circulam em tempos de copa) que afirma que o Materazzi teria dito na cara do Zidane que já sabia de tudo - que o francês estaria jogando dopado - e que iria botar a boca no mundo. Algumas evidências apontam para a segunda versão, mas isso vamos descobrir mais cedo ou mais tarde.

Em grandes eventos esportivos, sempre espero ver aquela imagem que marcará o evento e ficará pra história, como aconteceu com o Vanderlei Cordeiro de Lima nas Olimíadas de 2004. Pelo jeito, já temos a imagem da Copa de 2006.

A tal cabeçada vai ser repetida incansavelmente pelas tv's do mundo inteiro, as mesas redondas vão discutir o porque da agressão, o vexame canarinho, a bela campanha dos portugueses e a leitura labial até se darem conta que isso já é coisa do passado e voltar a falar mau do campeonato brasileiro, dos cartolas, da falta de amor à camisa amarela...

Hexa, agora, só em 2010 na terra de Nelson Mandela.

1 Comments:

Blogger Renata said...

O Brasil precisa de heróis. Nem que sejam franceses. ;)

4:42 PM  

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