quarta-feira, abril 09, 2008

Amores breves dentro do ônibus

Dando uma passeada pelo orkut, me deparei com essa comunidade. Achei interessante porque posso dizer q depois de quase uma vida inteira perdendo pelo menos 50 minutos por dia dentro de um ônibus, já tenho lá meus "amores breves dentro do ônibus".

Não seriam exatamente amores, mas sim uma pequena lista de figuras que pegam o seu buzão diário no mesmo horário que eu. Inevitavelmente, você os reconhece e, no meu caso, fico imaginando o que fazem, pelo lugar que entram e depois descem, pelo jeito que se vestem ou, o tom das conversas.


Até descobri algumas coisas sobre duas garotas. Descobri que uma delas pega o ônibus naquele horário quando dorme na casa do namorado que, eventualmente, está com ela. Esses dias, a noite deve ter sido longa porque e ela estava dormindo de boca aberta. Uns caras do caminhão que parou do nosso lado no sinal até tentaram acordá-la, mas não teve jeito. Ela tava dormindo mesmo. Até achei que ela ia passar do ponto, mas há alguns quarteirões ela acordou e foi embora. A outra garota que faz faculdade de arquitetura. E pelo jeito que ela se veste dá pra saber que ela gosta de rock alternativo e coisas do tipo. Ela tem uma expressão muito séria, como se todo dia fosse fazer prova. Gosto do jeito que ela se veste e ainda penso em trocar uma idéia quando sentar do seu lado.

Tem um outro carinha que se veste todo de preto e anda com uns óculos iguais aos do Ozzy. Ele também usa um chapéu ridículo e anda com umas calças folgadas e uma bolsa tipo carteiro. Também trocaria uma idéia com esse cara. Imagino que ele deve ser um desses figuras que sempre aparecem naqueles shows de bandas de metal.

Tem outros figuras não tão freqüentes como o motorista que nunca para no meu ponto, um velhinho que uma vez pisou no meu pé, uma senhora que entra no ônibus fica uns 10 minutos falando sobre Deus e a salvação pela fé e todos aqueles pedintes e suas histórias pra arrumar uns trocados. Mas, independente de tudo isso, sempre estou lendo alguma coisa. Por que ficar todos os dias pegando o mesmo caminha, vendo as mesmas coisas e as mesmas pessoas é um saco. Fico imaginando como deve ser a viagem dessas pessoas que passam horas no buzão todos os dias indo e vindo do trabalho. Deve dar até casamento...

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terça-feira, abril 01, 2008

Gorillaz, rock alternativo e vislumbrações do futuro...

Logo que comecei a pegar gosto por esse negócio de comunicação, era telespectador assíduo do Vitrine que passa na TV Cultura. Na época, o programa era apresentado pelo Macelo Tas e, como não usava internet como uso hoje, essa era a minha vitrine para o maravilhoso mundo das inovações tecnológicas, comportamento e (in)utilidades em geral.

Em uma das matérias do programa, lá pelos idos de 1999, o Marcelo Taz apresentou uma banda chamada Gorillaz. Nada mais era que uma reunião de caras de várias bandas fazendo um trabalho real no mundo virtual. Achei aquilo tudo "du caralho" porque, pra mim, era um negócio extremamente revolucionário. Lembro de ter ficado imaginando como seriam se outras bandas surgissem com o mesmo formato. Teríamos shows holográficos transmitidos simultaneamente para várias partes do mundo, entrevistas virtuais, download grátis...

O futuro dava ares de que havia chegado pra valer. Mas o tempo foi passando e, quase dez anos passados e cinco cds lançados, toda aquele conjunto de características que, aparentemente viriam pra estremecer o mercado fonográfico, foram sendo absorvidas até o Gorillaz se tornar mais uma banda legal de rock alternativo.

Em suma: o futuro algo que ainda está pra acontecer, porém, quando achamos que está acontecendo ele vira presente e acabamos perdendo o interesse pra vislumbrar outros futuros. Sacou? (...) Nem eu.

Fique aí com uma das melhores performances da banda: Hong Kong - Ao vivo. Sem hologramas.

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