segunda-feira, outubro 16, 2006

Eu e meus desenhos...

Esses dias, peguei a caneta e parei pra desenhar. Depois de anos sem rabiscar nada que não fosse layouts publicitários, story boards e coisas relacionadas à trabalho parei e resolvi que tinha que desenhar alguma coisa. Como nos velhos tempos. É engraçado ver que o tempo vai passando e velhos hábitos ficam latentes à espera de um estalo para que venham à tona nos presentear com algumas lembranças bem legais.

Lembro que prendi a gostar de desenho quando era "criança pequena lá em Barbacena" com um vizinho que desenhava bem pra caramba. O cara era meu amigão. Me ensinou várias técnicas de perspectiva, expressão facial, sombra e mais um monte de outras artimanhas pra deixar os desenhos mais legais. Pena que não aprendi muita coisa. Fazia vários desenhos legais do Rambo e daqueles tanques de guerra, metralhadoras e aviões. Aliás, a grande maioria dos desenhos que eu fazia eram sobre guerra.

Nessa época, eu desenhava em qualquer lugar. Chão, paredes, cadernos, folhas soltas, onde desse. Mas quando resolvi que já era tempo de virar adolescente parei com aquilo e não desenhei mais nada em lugar nenhum.

Mas, depois que a adolescência passou e resolvi que já era o momento de virar adulto, fiz as pazes com a caneta (ou lápis) e voltei a fazer meus desenhos toscos sobre guerra. Não conseguia fazer nada diferente daquilo. Uma vez ou outra saía alguma coisa diferente. Devo ter alguma relação mal resolvida em outra encarnação pra ficar fazendo desenhos de guerra...

Às vezes é bom retomar velhos hábitos e ver que ainda podemos ser criança por alguns instantes. Se pudesse pedir um talento nessa vida, queria que fosse o do desenho. Não foi dessa vez, mas quem sabe numa próxima.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Café

Acho que o dia que me deparar com uma chícara dessa na minha frente, choro de emoção e desisto de beber o que tem nela.

foto by Alexander Kjerulf

terça-feira, outubro 10, 2006

Viajar é preciso

Acho impressionante como esse vídeo me inspira. Dá vontade de pegar meu mochilão guardado embaixo da cama, colocar o estritamente necessário e pegar a estrada. Acho que só assim vai dar pra se ter uma idéia de como esse mundo é extremamente, incrivelmente, impressionatemente e definitivamente grande.



P.S.: esse aí é o mesmo vídeo que citei no post abaixo.


quinta-feira, outubro 05, 2006

Folk-Metal _\m/

Há um tempo atrás um amigo meu me mostrou um vídeo de um cara que faz uma dançinha tosca ao redor do mundo, Matt. Mas não é dele que eu tô querendo falar. É especificamente da música que ele colocou de trilha pro vídeo que ele produziu pra embalar a sua dança tosca. A música em questão chama-se “Sweet Lullaby Dancing Remix” de um grupo chamado Deep Forest. Não faço a mínima idéia de qual rótulo esse tipo de música carrega: new age, world music, música de viajante... sei lá. Mas que o som é bom, isso é.

Ontem mesmo tava conversando com esse amigo que me mostrou o vídeo do Matt e ele me mostrou um som também muito bom de uma banda de folk-metal chamada Tuatha de Danann. Até brinquei com ele sobre esse rótulo de folk-metal. Que tipo de pessoa define uma som como folk-metal!? Aí ele me levou pro wikipédia. Nos meus primórdios de metaleiro, perdi horas de discussões e brigas com amigos headbangers sobre o que era trash, black, death... Cheguei à conclusão de que era tudo metal e foda-se.

Sempre gostei de conhecer sons novos e sempre procuro extrair o que existe de bom nos sons, mesmo quando são ruins como o Calypso, por exemplo, com aquela mulher fazendo uns sons guturais muito doidos tipo aqueles que a Björk faz - tem até uma comunidade: "Joelma - A Björk brasileira". O som deles é ruim, mas quando vi o dvd do show deles em Manaus, achei uma pirotecnia muito bem produzida. É pra Hammstein nenhum botar defeito.

Se não me engano, na entrega do Grammy, classificaram o Chico César como World Music e aqui no Brasil, dizem que é MPB... lá em Catolé do Rocha ele deve ser um Mega Pop Star. Uma vez eu vi o cara da Mtv dizendo que o som que o Fantômas (banda do Mike Patton, ex-Fate No More) faz não pode ser chamado de música porque não tem melodia. Aí o cara disse que era “experimental”. Ou seja, se não sei o que é então é experimental! Cômodo, não?

Enfim, quando o som é bacana, não tem rótulo nem crítico que segure. Viva o folk-metal gutural experimental!!!

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