
O trabalho valia 2,0 pontos e tinha que entregar pra professora. O problema é q no dia da entrega eu, sei lá por que, não fui a aula. Até aí tudo bem: era só levar o atestado, abonar a falta e entregar o trabalho. Só que o meu problema era bem maior: a professora pediu demissão e o professor que entrou no lugar dela, não cobrou o trabalho e eu, na minha ingenuidade sem fim, pensei: "pô! acho que ele vai dar os pontos pra todo mundo; me dei bem!". O pior foi que, no final do ano, fiquei pra recuperação justamente por causa de 2,0 míseros pontos que não consegui depois de um retumbante zero que consegui tirar na prova final. Mas no final, acabei passando de ano. Porém, como não havia passado direto, a minha mãe (sempre ela...) não me deixou mudar de colégio pra estudar com os meus primos e, o pior de todos, me deixou sem presente de natal. (ficar sem presente de natal foi pior que tomar um chute no saco)
Só fui mudar de colégio 2 anos depois, mas acabei não indo estudar no colégio dos meus primos. Fui para o colégio rival onde acabei fazendo grandes amizades. Sendo que uma dessas amizades me apresentou a ELA. A garota que viria a dissecar a minha personalidade de uma maneira que eu nunca esperaria. O engraçado foi que eu não gostei dela de cara. Muito pelo contrário. E por causa disso estaríamos fadados a inimizade plena pelo resto de nossas vidas. Não dessa vez. Dois meses depois a gente estava namorando. Que lindo! Que romântico! Que babaquisse de moleque apaixonado!!!
O mais engraçado é que, como manda a irremediável natureza natural da espécie masculina, não lembro o dia que tudo começou. Nem ela... Quando alguém me pergunta se eu sei o dia, só digo: "foi em um dia de abril".
Então é que por isso que, "em um dia de abril", eu faço esta singela homenagem ao MEU AMOR.
Je t'aime mon amour!