segunda-feira, abril 24, 2006

Há seis anos atrás, esta garota mudou a minha vida pra melhor. E tudo por causa de um trabalho de matemática que eu não entreguei quando ainda estava na sétima série. Definitivamente, há males que vem pra bem. Que ironia do destino.

O trabalho valia 2,0 pontos e tinha que entregar pra professora. O problema é q no dia da entrega eu, sei lá por que, não fui a aula. Até aí tudo bem: era só levar o atestado, abonar a falta e entregar o trabalho. Só que o meu problema era bem maior: a professora pediu demissão e o professor que entrou no lugar dela, não cobrou o trabalho e eu, na minha ingenuidade sem fim, pensei: "pô! acho que ele vai dar os pontos pra todo mundo; me dei bem!". O pior foi que, no final do ano, fiquei pra recuperação justamente por causa de 2,0 míseros pontos que não consegui depois de um retumbante zero que consegui tirar na prova final. Mas no final, acabei passando de ano. Porém, como não havia passado direto, a minha mãe (sempre ela...) não me deixou mudar de colégio pra estudar com os meus primos e, o pior de todos, me deixou sem presente de natal. (ficar sem presente de natal foi pior que tomar um chute no saco)


Só fui mudar de colégio 2 anos depois, mas acabei não indo estudar no colégio dos meus primos. Fui para o colégio rival onde acabei fazendo grandes amizades. Sendo que uma dessas amizades me apresentou a ELA. A garota que viria a dissecar a minha personalidade de uma maneira que eu nunca esperaria. O engraçado foi que eu não gostei dela de cara. Muito pelo contrário. E por causa disso estaríamos fadados a inimizade plena pelo resto de nossas vidas. Não dessa vez. Dois meses depois a gente estava namorando. Que lindo! Que romântico! Que babaquisse de moleque apaixonado!!!

O mais engraçado é que, como manda a irremediável natureza natural da espécie masculina, não lembro o dia que tudo começou. Nem ela... Quando alguém me pergunta se eu sei o dia, só digo: "foi em um dia de abril".


Então é que por isso que, "em um dia de abril", eu faço esta singela homenagem ao MEU AMOR.

Je t'aime mon amour!
Minha “nada dura” Vida!

Vocês já devem ter percebido que existem pessoas que vieram ao mundo a passeio... Por algum motivo, destino ou força maior. São pessoas que você tem certeza que nunca lavaram sua própria cueca ou calcinha... Ou pior, que nunca conversaram com as pessoas que as lavam!

Ontem, por volta de 11h da noite, encostei no churrasquinho aqui perto da minha casa (o famoso “engasga gato”). Entre um espetinho e outro, surge uma figura, descendo de um BMW branco. Ele devia estar se sentindo Sir Lancelot descendo de seu alazão branco, mas tudo bem...

Tinha ouro espalhado pelo corpo todo e falava como se fosse o dono do local... Sentou e pediu dois espetos. TENS TROCO PRA 50,00? Gritou tão alto, que até os cachorros ali perto sabiam que ele tinha uma nota de 50 reais. Como viu que ninguém dava moral pra ele, resolveu voltar ao carro e, com umas manobras, fez o favor de estragar a noite de todos no local... Agora o BMW estava mirado pra mim... e tocando umas músicas estranhas... Nada contra Funk, mas comer churrasco duro, sem sal e ainda ter que ouvir boladonaa... boladonaaaa... Não dá!

Confesso que me deu vontade de convidá-lo a tomar no cú, mas minha educação de rapaz de periferia falou mais alto... MANDA OUTRO AI MANO... Pedi logo outro churrasco... Na guerra é assim, você não pode demonstrar fraqueza, nem medo! Comia o churrasco e fitava os olhos naquele desgraçado... Era como se eu mastigasse partes do seu corpo de tanto ódio!

Minha alegria se formou, quando o som foi desligado, na verdade interrompido por uma musica trance meio abafada... Quando olhei pra mesa, vi um OVNI que piscava, ofuscava e se tremia todinho... Ahhh, é um celular... Meu Deus dava pra pagar uma parte da divida externa com aquele aparelho! Alô! FALA MERMÃO! TO COMENDO UMA PORCARIA AQUI E JÁ JÁ TO AI...

Aí pegou pesado... Chamar o churrasquinho de “porcaria”? Mesmo sem sal e sem amaciante esse era o salvador da pátria da moçada que voltava pra casa... Com aquela moedinha de 1 real meio encardida... Ou aquele vale-transporte que sobra no final da semana... Olhei para o dono do churrasquinho, ele me olhou... Olhamos pro playboy, ele nos olhou... O clima estava tenso... Ai... Eu paguei a conta e fui embora... Ao som de “SE ELA DANÇA EU DANÇO... SE ELA DANÇA, EU DANÇO...”.

Este texto também foi escrito pelo ilustre colaborador deste blog - o Enzo. Só estou postando porque ele esqueceu a senha de colaborador. O que eu faço com um cara desse!? Da próxima, eu demito ele. =-P

terça-feira, abril 18, 2006

A incrível capacidade do homem de ser incapaz

Hoje, como um dia qualquer, acordei as 6:00 da manhã, ainda sonolento estiquei o braço e encontrei uns aparatos tecnológicos que o homem apelidou de “controle remoto”. Aproximadamente uns quatro controles diferentes, peguei o do ar condicionado, apontei na direção e... (BIP) - desligado... Na noite anterior adormeci assistindo um filme que falava sobre o comportamento humano (dormi com o dvd ligado) peguei o controle do DVD e... (BIP) DVD desligado... levantei ainda meio tonto, catei o controle da TV e... (BIP) TV ligada...

Acorda menina, vem cá menina...” puta merda! Ana Maria Braga?? Essa não... (BIP) TV desligada! E lá vou eu pegar outro controle, o do som, (BIP) som ligado! Um cara falando sobre uma mesa que se ajusta a várias situações, uma super mesa! Capaz de fazer você ficar inerte durante o dia todo... Ai eu pensei... {o homem é dependente de tudo, inclusive dele mesmo}. Automaticamente voltei para as histórias que o meu avô contava. Rapaz criado no interior, tinha uma vida completamente ativa, cheia de movimento e independência. Para assistir TV, ele tinha que remar 4 horas até a vila mais próxima e ainda assim torcer para que o seu Osmar estivesse com o aparelho televisor ligado e do lado de fora do armazém. Na volta, ele ainda tinha que tirar o óleo do miritizeiro que serviria como açúcar pra semana toda. Fiquei pensando nisso enquanto pingava umas gotinhas de adoçante no meu café nescafé (é aquele café de quem é preguiçoso). Controle remoto, chuveiro elétrico, café instantâneo, elevador, carro, ar condicionado... BOM DIA!!! Cheguei no trabalho.

Uma porta se abre sozinha, o elevador segue o comando da sua voz, a secretária abre a porta pra você entrar, (BIP) liga o computador, a Internet já conecta automaticamente, o telefone toca do outro lado da sala, mas você tem celular, o celular toca, mas você tem fone de ouvido com atendimento automático... ALÔ! É do banco, mais uma daquelas promoções que você tem certeza que está se dando bem! Você tem o banco, tem a Internet e a Internet tem tudo, inclusive o banco. Ta confuso? (PUBLUM) te chamam no MSN, é o seu amigo de trabalho, que trabalha do seu lado, mas é incapaz de ir até você. (pi...) é o alarme do relógio, ta na hora da reunião! Não precisa levantar, é videoconferência! (PUBLUM) te chamam novamente no MSN agora com aqueles bichinhos que criaram para simplificar frases que já são simples... (pi) relógio novamente, agora é o almoço! Tem que levantar...


* Este texto foi originalmente escrito pelo meu grande amigo Enzo Branco Melo, que eventualmente contribuirá com um tanto da sua sabedoria neste tão estimado blog.

segunda-feira, abril 10, 2006

É pro Fantástico!?

Estou eu ali no meu passeio matinal pelo calçadão de Copacabana quando dou de cara com a Renata Ceribelli tentando mostrar que uma tal de Não sei o que lá Birkheuer ainda sabe jogar alguma coisa vôlei. Então a ilustre repórter global vem até mim com o microfone e pergunta:

- Senhor!? Será que o senhor poderia participar da nossa matéria respondendo a uma pergunta?
- É pro fantástico!? (não podia perder essa oportunidade)
- É! É pro fantástico sim. E aí? Você topa?
- Bom... depende do que vocês vão me perguntar e de que tipo de matéria vocês estão fazendo.
- Ah! Não precisa se preocupar. É só você responder o que acha da beleza da atriz Não sei o que lá Birkheuer, só isso.
- É... assim tudo bem. Mas quem é essa Não sei o que lá Birkheuer?
- Você não sabe? (cara de espanto) Ela é a Érica da novela Belíssima, a novela das 8.
- Ah tá! Mas eu continuo sem saber quem é. É que eu não assisto novelas, sabe?

Então ela me aponta uma garota do tamanho de um poste vestindo um shortinho azul e camiseta jogando vôlei com a Jackeline - aquela que ganhou medalha olímpica e tudo mais. Uma garota incrivelmente linda de olhos verdes, e corpo levemente atlético. Aí a Renata Ceribelli me olha e fala:

- Agora que você já sabe quem é a Não sei o que lá Birkheuer, é só olhar pra câmera e dizer o que acha dela, só isso.
- Beleza! Essa é mole, mas eu tô com um problema sério aqui.
- Que problema? (cara de espanto novamente)
- É que eu ainda não achei um equivalente no português pra descrevê-la. (minha cara de sorrizinho sem-graça)
- Como assim? Você é estrangeiro?
- Não! Apesar de muita gente afirmar categoricamente que o Amapá não existe, ele existe e ainda pertence ao Brasil.
- Mas então qual é o problema!?
- É que eu não considero o português uma língua suficientemente boa pra descrever a beleza dessa mulher. Só isso.
- Como assim!? Você é lingüista por acaso? (com uma cara levemente irritada)
- Não!
- Então é só falar que ela é uma mulher muito bonita e só? Pereira, liga a câmera.
- Peraê!? Que tipo de pergunta idiota é essa que você tá me fazendo? Que a Não sei o que lá Birkheuer é bonita qualquer idiota sabe. E se todo mundo sabe, por que você vai ficar perguntando?
- Meu amigo! (cara irritada) Então fala no idioma que você quiser.

(O Pereira já tá me filmando)

- Bom... A Não sei o que lá Birkheuer é realmente muito bonita, porém falar da beleza dela em português seria até um pecado. Portanto, seria melhor que a gente diga que ela é "una ragazza veramente bella". Em italiano fica mais bonito que já é.

A Renata Ceribelli dá um sorriso e diz:

- Tudo isso só pra dizer "una ragazza veramente bella"!?
- Claro!!! Você queria que eu dissesse o que? O que qualquer idiota diz? Se for pra dizer uma idiotice, que, pelo menos, seja com estilo.
- De qualquer maneira, muito obrigada. Pena que não vai pro ar.
- Por mim tudo bem. Ninguém vai acreditar se eu disser mesmo...

terça-feira, abril 04, 2006

Quando éramos só eu e ela

Na falta do que postar, fiquem aí com algumas fotos que fiz no ano passado quando ainda estava em lua-de-mel com a minha máquina de bater retrato. Depois de um tempo a nossa relação foi se desgastando e, por causa disso, não temos tido um contato muito bom. Acho que foi isso q me levou a traí-la com uma Cannon EOS Rebel por algum tempo. O meu lance com a Cannon foi tão intenso quanto fugaz, o problema é que ela era areia demais pro meu caminhãozinho e, como o romance não iria muito longe, saí fora pra não ficar de coração partido e entrar em depressão profunda.

Sei que isso é extremamente penoso, mas tô pensando seriamente em discutir a relação pra colocar um fim nesse impasse. Será q ela me aceita de volta? Oh droga!!! Eu sou um estúpido mesmo.